Compliance quer dizer conformidade. E devo pensar nisso pelo seguinte motivo, onde há desconformidade, há geração de problemas em série, há geração de dúvidas e de relações de desconfiança, pois tudo o que se gera fora de uma conformidade, gera conflito e problemas.
O compliance deve estar relacionado com tudo em nossa vida, e principalmente dentro de nossas empresas. Onde se controla as atividades e seus resultados, se pode caminhar a passos seguros para um destino, enquanto o contrário só nos leva a poder apagar os incêndios causados pela falta do controle.
Dentro de uma empresa, e na vida pessoal, precisamos ter acesso a manuais de conduta, onde os valores e os limites são muito bem explicados. Desta forma, a implantação de compliance em nosso cotidiano, concentra a força de nosso objetivo, onde, por menor que seja o desvio, esta conduta poderá ser reparada imediatamente ao seu acontecimento, traçando assim uma barreira, até que se tome as medidas necessárias para a correção das rotas.
Essa expressão, nada mais é do que um conjunto de normas de conduta em uma galeria ou vitrine, onde todos possam dar o seu conhecimento e assinatura, assumindo assim a mesma objetividade no processo de conclusão dos trabalhos.
Onde se tem como base o compliance, pode-se afirmar que se torna bem mais difícil o crime de evasão fiscal, ou o crime de lavagem de dinheiro e a corrupção.
Uma movimentação acima de R$ 30.000,00 (trinta mil reais) em espécie, precisa ser informada ao COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) que é o órgão regulador desse tipo de ato no país, ou seja, para cada transação feita em dinheiro, as chances de lavagem de dinheiro praticamente se tornaram nulas, pois a obrigatoriedade desta declaração a todos os cidadãos envolvidos, torna-se crime sua omissão.
Os aspectos do compliance necessitam de engajamento dos seguintes setores: Alta Administração, Código de Conduta e Ética, Comunicação e Treinamento, Due Diligence, Monitoramento e Auditoria, Canais de Denúncia, Investigação, Análises de Riscos, Controles Internos.
A empresa deve nomear um responsável que tenha autonomia, capacidade e recursos suficientes para fazer com que o programa funcione ne empresa, via declarações por escrito, interação com treinamentos e exemplos.
Após uma análise profunda em todos os níveis da companhia, deve-se entender que as saídas existentes passam por exemplos dos quais se tira a ação de acordo com os exemplos já vividos ou esperados, iniciando por eliminação, transferência, aceitação ou mitigação.
Devemos salientar que os riscos, combatemos com controles, e nisso é onde o compliance atua, nos controles diversos em que as companhias devem depositar seus esforços e assim, demonstrando suas fragilidades para um gestor de alta performance tomar conhecimento e dar um diagnóstico em tempo hábil, para a devida expurgação do problema em tela.
É com a comunicação, o treinamento, fóruns entre outros, que se consegue um certo equilíbrio de rápido entendimento e disseminação dos problemas que poderiam ser de alta potência para uma determinada companhia.
O mapeamento e o canal de denúncias são fontes importantes de dados para que o gestor possa fazer um bom trabalho de prevenção nas empresas, contando sempre com o fator humano, que, sendo bem treinado ou direcionado, fará com que os processos fluam de maneira assertiva em seus prazos de compromissos, tendo o menor índice possível de erros ou falhas, pois os processos trabalhados em compliance, tendem a ser mais coesos e suscintos, com número ínfimo de falhas após seu alto grau de planejamento.