Encantador estudar esta matéria, linda e cheia de vida para aqueles que buscam uma solução para sua eventual desavença sobre algum assunto.
Ter estudado por alguns meses no curso de direito, digo que foram os melhores momentos dentro de uma sala de aula, onde eu consumia todas as palavras dos professores, e que o envolvimento com o qual eu sentia pelas matérias sobre a justiça e suas leis, me abriram um novo horizonte, do qual eu jamais poderia conhecer se não fosse por meio daquelas aulas belíssimas.
Mas, a prática do direito das pessoas, sendo discutido em uma determinada ação, sofre a influência de conhecimento de dois lados, sendo que o lado vencedor, nem sempre é o lado da justiça, sendo que, na maioria das vezes, a vitória vem para aqueles que possuem mais conhecimento, seja na matéria em si a ser argumentada com o juiz, ou seja no conhecimento dos indivíduos, os quais deveriam ser imparciais, mas muitas vezes, quando descobertos, sofrem processo de suspeição.
E nisto conferimos a diferença, em pouca minoria de casos, a suspeição é levada adiante.
A suspeição é o julgamento por parte de um juiz que não poderia ser exercido, sob pena de suspeição, pois tinha interesses próprios no caso. Em grande maioria, isso pode acontecer ou por um acordo com um conhecido do réu, ou por corrupção paga por valores ou favores, ou por ser pessoa próxima de uma das partes do processo.
Outro problema que sofremos dentro do país, é a morosidade dos julgamentos, anexos de documentos por meio dos cartórios dentro dos fóruns, e falta de justiça para com o povo brasileiro, que luta anos por justiça em suas causas, e sem a devida solução, acabam se perdendo no tempo, pois os interessados mudam de prioridade, até porque a vida deve continuar mesmo que o juiz não chegue ao veredito de sua causa, ou o interessado falece, pois os anos passam e as consequências da falta de solução em alguns exemplos, levam ao completo abandono de determinados pedidos.
O direito é lindo, as falas e colocações em latim são magníficas, tudo é de muito bom gosto e educação polida da maior qualidade e classe possível, pois é necessária ser assim para dar ao envolvidos no direito toda a autoridade que os cargos lhes conferem. Porém, de que vale tudo isso, se a justiça fica pendente por anos a fio, e o cidadão que precisa de uma solução, não a recebe? Quando vamos mudar isso?
Quisera eu um dia, poder exercer o dom do direito na justiça de determinados processos, dando ao cidadão de bem sua solução, dando ao idoso sua justa aposentadoria, fazendo acontecer a justiça onde qualquer sombra de maldade pudesse pairar.
Quisera eu um dia, poder ser ouvida pelos governantes da justiça, os juízes, sobre tantos problemas vividos pelas mulheres sendo que lei alguma pode protegê-las pelo modo como são colocadas em prática hoje.
Quisera eu um dia, poder discutir novas leis para idosos e crianças, desburocratizando as adoções e facilitando a vida daqueles que fizeram sua parte pelo seu país, merecendo dignidade e não esmola quando se tratar de sua chegada a idade de não conseguir continuar seu trabalho, pois não é máquina, é ser humano.
Por fim, quisera eu poder levar para as assembleias legislativas, as reais e verdadeiras dificuldades que todo empresário tem com a burocracia e a imposição de impostos descabidos junto a produção de sua atividade, encargos elevadíssimos em sua folha de pagamento, fazendo qualquer empresa sempre ter metade dos funcionários que realmente precisa, pois a cada contratação ou demissão, nova avalanche de custos trabalhistas lhe invadem o financeiro como um tsunami.
Resumidamente, a justiça no sentido estrito da palavra, é fantástica, é a liberdade de se regular determinado assunto ou todos os assuntos voltados à organização de uma sociedade. O problema começa onde se iniciam os interesses pessoais, onde a justiça de um não é a justiça para o outro, e nesse desencontro de interesses, não há uma resolução imediata de alguém que deveria estar rapidamente e com sabedoria, pronto para julgar imparcialmente, e não ter de empilhar pastas sobre pastas, que chegam aos números impensáveis de processos no país conforme informações no site do CNJ Conselho Nacional de Justiça, indicando que no ano de 2017 havia mais de 80 milhões de processos tramitando no Judiciário brasileiro.
A única saída para a solução deste problema nacional, é o conhecimento, o estudo dos novos legisladores que estão se formando, aqueles que, com muita prudência e determinação, poderão transformar a vida dos brasileiros, mais justa e abundante.